Momentos Poéticos

Momentos Poéticos

quarta-feira, 20 de abril de 2011



NEGROS HORIZONTES

Busquei pelos quatro cantos,
Mãos unidas em compromissos,
Mas o que encontrei foi pranto,
Uns matando, outros omissos.
Se o fogo é em outro quintal,
Seu calor não nos faz mal,
E nada temos a ver com isso.

É o homem fazendo bombas,
E bombas virando homens...
Com o mal seguindo nas ondas,
Matando inocentes homens.

Há uma tragédia anunciada.
Por achar que sabem tudo,
E caem na própria cilada,
Pois são insensíveis e mudos.
E o que ganharão no pódio,
Deixarão pra os filhos, o ódio,
Por serem cegos e surdos.

E a mãe, na sua grandeza,
Perdoa as mentes maldosas.
Ganha as dores da incerteza,
Mas, nos dá flores e rosas.


ALQUE


O SONHO

Sonhei que eu era um rio,
Diferente dos demais.
Incoerente... Vadio...
Pois só andava pra trás.
No inverno, me recolhia,
E no verão, a água corria,
Pra não ter filhos sem pais.

Pois ficavam todos,
Na terra natal!
Pedra que não cria lodo,
É pedra de litoral.

Olhos tristes, ali brilhavam,
O antes cinza, verdes cores.
E alegre, as plantas floravam,
Atraindo os beija-flores.
Foi quando eu acordei,
E uma sirene escutei,
Carregando as mesma dores.

E pra realidade,
Eu logo voltei.
O rio, ficou na vontade...
Água, só a que chorei.

ALQUE

domingo, 10 de abril de 2011



A ÚNICA SAIDA

O amor, mesmo sendo mudo,
Está sempre a nos dizer...
Que é o caminho de tudo,
Pra plantar e pra colher.
E não existe um estudo,
Que ensine como fazer...
É só amando pra saber.

E o amor, por ser nobre,
Não tem cor, tato, nem cheiro.
Sua flor dar em rico e pobre,
Em Março, Agosto ou Janeiro.
Feliz é quem o descobre,
E a dor da desilusão,
Só chega no coração,
Se ele não for verdadeiro.

E mesmo sem ele falar,
Diz mais que os Generais,
Que fazem muitos, “fumar”...
Mas, não é o cachimbo da paz.

ALQUE
Gravura (google imagem)


AUTOAVALIAÇÃO

Hoje eu acordei mais cedo,
Foi um medo que me despertou...
Recordei todo o meu enredo,
Escrito com sorriso e dor.

Mas fiz sempre o mesmo caminho,
Pois sou o vento do meu moinho.

Quando pequeno, eu só queria;
Crescer! Crescer! Era o meu hino.
Mas uma coisa, eu não sabia,
Que pra sempre serei menino.

A cara de quem sabe tudo,
Não passa mesmo de um escudo.

Já fui ciclone e calmaria,
Pra uns, bom, pra outros, vilão.
E aprendi que é no dia a dia,
Onde está a melhor lição.

Por que é que queremos tanto?
Se tudo fica... Até o pranto...

ALQUE
Gravura(google imagem)