Momentos Poéticos

Momentos Poéticos

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

FALAR DE AMOR

Nesses dias em que os valores
Não mais rimam com as flores,
Só com as cores do natal...
E os amores, estão frios,
Iguais aos rios vazios,
Corredores para os ventos.
E como o ferro e o cimento,
O símbolo do capital...

Mesmo assim, eu não desisto,
Pois acredito que o amor,
É cura pra qualquer dor,
Até mesmo a do Doutor,
Que pensa saber de tudo,
Mas o peito vive mudo,
E sofre do mesmo mal.

Amar é o único caminho!
Ame tudo, tire o sisudo do rosto,
E voe, feito um passarinho.
Ame a terra e as plantas,
Seja delas um bom vizinho.
É a mãe que nos alimenta,
Sem cobrar o uso do ninho.

E ame as pessoas!
Mas ame além dos diplomas,
Sem escolher idiomas,
O que vale é a emoção.
Pois não é Paris nem Roma,
Quem multiplica ou soma,
As coisas do coração.

Corte os requintes,
Tente ser simples,
Trocando o ter pelo ser.
E verá que essas luzes,
Não passam de artifícios,
Os que caem no precipício,
Só usam os olhos pra ver.

ALQUE
PROJETO “CORAÇÃO”

Antes que o amor vire lenda,
E o peito não mais entenda
A língua da emoção...
Eu trago uma emenda,
E quero alguém que a defenda,
No projeto “coração”.

Ela, não precisa de favores,
Só da certeza das flores,
E da pureza de um olhar.
E no lugar dos assessores,
Quero muitos trovadores,
São eles que irão julgar.
Nela, não é preciso papel,
É tudo, tudo ,a granel...
Como as conchas do mar.
Anotar, só no livro dos prazeres,
Que há em todos os seres...
Em qualquer tempo e lugar.

Sei que os contras logo dirão;
Não há coro e nem foro pra essa questão!
Mas não desistirei!
Pois não há trono nem rei, sem as leis da paixão.

ALQUE

domingo, 14 de dezembro de 2008

MEU ANJO PROFANO


Quando tudo escureceu...
Eu senti que era eu...
Sem caminhos pra seguir.
E são tantos os “Romeus”!
Que se perdem nesse “breu”...
E sozinhos, não vão sair.

Minha sorte foi um anjo...
Seu nome, não é arcanjo,
E nem tão pouco querubim.
Na voz, tem a paz de um banjo...
E no corpo, traz um arranjo,
De tudo que há num jardim.
A harpa é a minha pele...
E não há som que eu não revele...
Quando suas mãos tocam em mim.

Sei que de onde ela vem, não tem só canavial...
Mas já fui ao seu canteiro e as pimentas são de cheiro...
Sua única parte vilã é está toda manhã, a falar com o seu quintal.

ALQUE
OUTROS TEMPOS...
Quando os campos eram verdes e densos.
Poucos eram os lenços...
Choros, só de alegria.
Medo? Tinham, mas do escuro!
E não erguiam muros.

Apuros, quase não havia.
Hoje, são outros, os valores...
De cores artificiais.
Suas flores, flora a qualquer tempo...
Porque nunca morrem...
E muito sangue corre...
E escorre nos jornais.

E com ele, circula a dor, feito um calor...
Vindo de homens digitais.
Mas o relógio de tempo continua analógico,
E pedagógico...
Pois há sempre tempo pra o amor...
É só seguir seus sinais.

ALQUE
AME UMA DE CADA VEZ!

Pra ter vida longa um amor,
Seu valor não se pode comprar.
Pois ele é igual a uma flor,
Frio ou calor, só vive se regar.
Se contente em ser um lago,
Com afagos no mesmo lugar...
Não queira ser um grande rio,
Que quando invade os baixios,
Sempre se perde no mar.

Não inveje um beija-flor,
Com todo seu glamour,
“De em todas, beijar”.
E nem a vida do cantor,
Que também sente dor,
Mesmo sendo um pop star.
Não queira todas as estrelas...
Tê-las, se contente com o olhar.
E não queira ser como as marés,
Que por nunca está em pé,
Não fica em nenhum lugar.

ALQUE
AMAR NÃO É SÓ DIZER

Eu te amo!
Todo mundo diz.
Mas não passa de risco de giz.
E a lousa do peito, nas letras dá um jeito...
E se ler; não me sinto feliz.

Amar, não é só dizer!
É sentir! É viver!
É uma estrada boa pra caminhar...
É um mar, que traz em suas ondas, sempre um novo dia.
Um dia sem anoitecer...
Pois o brilho de cada olhar, faz da noite um eterno luar...
Como se só houvesse o amanhecer.

ALQUE

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

TUDO ESTÁ EM VOCÊ

Lá na linha do horizonte, nem sempre existe uma fonte, que nos Faz cruzar o rio.
E quem só acredita nela, passa a vida na janela, pois ficou a ver Navios.
O que isso quer dizer?
É que tudo está em você, é só saber procurar.
Não precisa ir tão longe!A vida, é como um monge, que vive em qualquer lugar...
E quando vier a grande onda, não se esconda, vá e aprenda a nadar.
E verá que o que era nove na escala dos tufões, virou Love...
Que é amor, mas só inunda os corações. ALQUE
A AMIZADE

Esse sentimento nobre, que vem do rico
E do pobre, do ateu e do cristão.
Não pergunta por que veio, não lhe deixa
Com receio, de abrir o seu coração.

Não reclama, só escuta. Não critica sua
Conduta, e seu forte é a lealdade.
Do que falo não tem cor, não tem cheiro
Nem sabor, mas tem um grande valor..
O seu nome: É amizade.

ALQUE

UM ABRAÇO, NO ABRAÇO LITERÁRIO

UM ABRAÇO, NO ABRAÇO LITERÁRIO

Um abraço, não se mede pelo tamanho dos braços e nem pela duração.
Não é esse o seu “espaço”!
Ele é como uma canção, lenta e bem ritmada, que cura as mentes cansadas e desmura o coração.
No tempo em que a emoção caminha, não existe uma linha que marque ano ou mês.
Mas campos verdes e água cristalina... Sua rua é sem esquina e tem a paz de um camponês.
E nesse mar, que é de todos o mesmo sol, sinto que achei um farol, por ter conhecido vocês.

ALQUE

domingo, 23 de novembro de 2008

SONHOS E PESADELOS...

Sonhar... Sonhar é íntimo é solitário...
É corrida de um só páreo, que nem sempre quer ganhar...
Pois os sonhos, muitas vezes são melhores, morrendo enquanto sonhos...
Se real, são enfadonhos, e em vez de rir, fazem chorar.
Por tudo isso é que um bom sonho quase sempre é impossível... Sem risco do imprevisível...
Já sabemos que nada acontecerá.
Mesmo assim é prazeroso, pois há nele um estranho gozo, em viver sempre sem pouso...
Como um pássaro a voar...
Não quero dizer com isso que sonhos não valham à pena... Podem sonhar!
Vem deles a esperança, que como uma criança, só a aparência é pequena.
Pois todos sonham... Acho que até o luar! Joga seu brilho nas ondas, Querendo o mar... E as ‘Garotas’... Que não são de Ipanema, mas têm as suas algemas, no seu Belo caminhar...
Acham que fui muito ‘duro’ com meu jeito obscuro de falar?
Digo que não, onde há emoção tem sim e não... E a razão, foge de lá...
Mas esses versos que hoje faço, são como um laço... Pra não ficar.
E com ele, eu vou saindo... E até sorrindo, pois vou ter muito que explicar...


ALQUE

AH! SE EU PUDESSE!

AH! SE EU PUDESSE...

Se eu pudesse, mudaria o curso dos rios,
Pondo água, nos trechos que estão vazios,
E pra quem dorme no frio, levaria um cobertor.

Se e eu pudesse, contaria a história verdadeira,
Sem as mentiras das trincheiras, montada pelo vencedor.

Se eu pudesse, subiria às cordilheiras, pra dividir com as geleiras, esse insano calor.

Se eu pudesse, seria um grande navio, pra enfrentar mares bravios, mas com balas de amor.

Se eu pudesse, trocaria os governantes e os mandaria pra bem distantes...
Viajantes, nas asas de uma Condor.

Pra quem sabe, [antes que tudo se acabe], surja alguém de valor.

Se eu pudesse, me transformaria num Zorro, para ajudar esse povo, tirando de quem tem demais.
Sei que não posso quase nada, mas tento limpar essa “estrada”, que suja e abandonada, a muito nos pede paz.

ALQUE

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

NEM TANTO O BEM, NEM TANTO O MAL

Nós somos uma mistura, de luzes, e noites escuras.
Nem tanto o bem, nem tanto o mal.
Nós somos, o doce e o azedo. O deserto, e a fonte,
defronte de um arvoredo.
Nós somos a coragem e o medo, somos o mar e o
rochedo, somos o início e o final.
Somos, doação e avareza. A mentira que conspira, e um
rio sem correnteza.
Somos o calor, somos o frio, e um triste prato vazio,
mas também comida na mesa.
O bem pode está nas igrejas, mas também pode está nas
prisões.
E o mal, muita vezes festeja, entre as grades e nas comunhões.

ALQUE
ACREDITE PRIMEIRO EM VOCÊ

Destinos... São determinantes pra seguir adiante?
É o que dizem os amantes do desconhecido...
Ou é coisa de covardes que dormem até tarde?
Não querem alarde para os seus sentidos...
Pensar parece que dói pra muitas pessoas,
E ficam esperando... Que a “coroa” vá ao encontro delas.
Mas a vida, não é como as novelas e pode ser noite ouAmanhecer...
Só depende de você, que é dono dos seus caminhos.
Não pense como o vizinho, que fica só de sentinela...
Vibrando com o sofrimento, passatempo de quem vive na janela.
Por tudo isso, digo lhes: Não esperem, vão à busca do seu dia!
O castigo pra o terror é o sorriso da anistia.
Não corram atrás de “santos” ou de mantos de alguém que já se foi,
E me perdoem, se eu não creio em Maomé, a fé tem que acreditar
É no seu próprio dono, pois é onde está o “trono” de toda, toda alegria.
ALQUE

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

OLHOS VENDADOS


As flores vêem, as flores vão...
E o cheiro de harém é desde Salomão.
Esse natal é um sinal que haverá pra todos, pão?
Eu digo: Não! Não! Não! Não!
Só aparece no outdoor, quem for à prenda maior do leilão.
Dizem: Irmãs e irmãos, só se redimem quem abrir as mãos!
Pra o teu amanhã vir na próxima estação.
Mas tens que doar! Doar! E doar!
Se não a dor não sairá desse coração.

ALQUE

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A MAGIA DAS BORBOLETAS

Outro dia, ao passar por um jardim, assim...
Com jeito de outono... Senti sono, pois vi no seu abandono, O mesmo que havia em mim.

Folhas caídas, já sem vida, e flores,
Todas levadas pelo insensível vento,
Que com suas mudas, muda as cores
E os momentos...

Mas a magia da vida é que:
Depois de um rio de choro,
Vem sempre um mar de acalanto,
Com seu coro, feito ouro...
Que encanto!

E quem nos traz? As borboletas!
Não são muitas, só algumas...
Que com seu voar sem asas,
arrasa qualquer tristeza.
Eu com certeza, fui premiado com uma!

ALQUE

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

“OS FORA DA LEI “


Lá não há régua e nem compasso
Só muita entrega! E com prazer faço.
E o que navega no seu espaço...
Muitos! Muitos abraços.

Esse pensamento, eu sei é também de vocês!
Que em cada mão traz um coração...
E nos tornam os fora da lei.

ALQUE