FALAR DE AMOR
Nesses dias em que os valores
Não mais rimam com as flores,
Só com as cores do natal...
E os amores, estão frios,
Iguais aos rios vazios,
Corredores para os ventos.
E como o ferro e o cimento,
O símbolo do capital...
Mesmo assim, eu não desisto,
Pois acredito que o amor,
É cura pra qualquer dor,
Até mesmo a do Doutor,
Que pensa saber de tudo,
Mas o peito vive mudo,
E sofre do mesmo mal.
Amar é o único caminho!
Ame tudo, tire o sisudo do rosto,
E voe, feito um passarinho.
Ame a terra e as plantas,
Seja delas um bom vizinho.
É a mãe que nos alimenta,
Sem cobrar o uso do ninho.
E ame as pessoas!
Mas ame além dos diplomas,
Sem escolher idiomas,
O que vale é a emoção.
Pois não é Paris nem Roma,
Quem multiplica ou soma,
As coisas do coração.
Corte os requintes,
Tente ser simples,
Trocando o ter pelo ser.
E verá que essas luzes,
Não passam de artifícios,
Os que caem no precipício,
Só usam os olhos pra ver.
ALQUE
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