A VOLTA
Depois de voar sem destino,
Ouvi no peito um hino,
Dizendo: o que procuras, não há!
O bom da vida está nas lendas,
Que mesmo sem terem legendas,
Sempre nos fazem sonhar.
E voltei, lá pra o sonho da fazenda,
Onde um beijo era a melhor prenda,
Se um homem viesse a ganhar.
E ao chegar, vi só o velho cajueiro,
Que resistiu, e mesmo sem está inteiro,
Sua sombra, ainda veio me ofertar.
Fiquei ali, no seu caule, já sem ego...
Pensando, o quanto nós somos cegos,
Ao querermos só o futuro,
Se é do passado que vem as nossas lições,
E as melhores emoções...
O resto é um tiro no escuro.
ALQUE
Gravura (google imagem)
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