Momentos Poéticos

Momentos Poéticos

quarta-feira, 2 de junho de 2010



FUI... SOU E SEREI...

Não sei se sorte ou sina,
Eu ter vindo lá do mato,
Onde o chá era aspirina
E o verde das colinas,
Eram as lentes de contato.
Os jumentos eram as motos,
Que traziam os devotos...
E as fotos, eram só retratos.

Pequeno, eu já fui um rio,
Depois o cruzei num bote...
E alguns ventos sombrios,
Cercaram o meu plantio,
Tentando-me com novo mote....
E tranquilo, eu os rechacei!
Pois fui, sou e serei,
As pedras lá do SERROTE.

Por ser parte de uma Ata,
Talvez eu seja o caroço...
Eu nunca olho nas datas,
Porque não valem o esforço...
E Sou duro feito osso,
Se alguém me desacata.
Mas se recebo um carinho,
Transformo os meus espinhos,
Em um doce de batata.

Tive que vestir saudade,
Para fazer esses versos...
Pois era grande a vontade,
De fazer o caminho inverso...
E é com os olhos submersos,
Por não ver mais a verdade
Que lhes digo: de nada serve o progresso,
Se o peito é um trem expresso,
Que só carrega a maldade!

Ouvi, Adeus ingrata! Em serenata...
Enquanto pássaros sorriam nas matas...
E hoje o meu medo é dos estranhos brinquedos
E dos homens de gravatas...

ALQUE
Gravura (google imagem)

2 comentários:

gorettiguerreira disse...

Um coração saltando do peito, é isso Poeta.
Quantas veredas do ontem, hoje em seus versos perfeitos.
São retalhos são atalhos, para contigo guardá-los.
Bjs Goretti

Eu e Alque disse...

Olá mana,andei lendo seus textos e vi que está cada dia melhor, assim como o mano veio,acho que todos nós temos esse dom é só começar.
E as veredas que enfrentamos só nos fizeram bem, noa deram crescimentos.
Um grande abraço do mano.