Momentos Poéticos

Momentos Poéticos

segunda-feira, 19 de julho de 2010



O CORDEL DA MINHA TERRA

Hoje, ao olhar para o dia,
Resolvi fazer um cordel,
Pra expressar a alegria,
Que sinto vendo esse céu,
Sem neblina e sem fumaça,
Onde o, beleza? É massa!
E o feio é xeleleu.

Aqui, um buraco é loca,
E uma bronca é carão.
Explodir, se diz, espoca,
E um nariz grande é ventão.
Manha chamamos de dengo,
Cabeça, pra nós é quengo,
E no ano inteiro há baião.

Sobroço é mesmo que medo,
E chá de burro é mugunzá.
Imitação é arremedo,
E regar a planta é aguar.
Rinite é estalecido,
Com hérnia, se diz, rendido,
E tirar sarro é caçoar.

Assim é a minha terra,
Que tem mar, serra e sertão.
Onde “o cabrito não berra”,
Pois nordestino é machão!
Mas não passa de fachada,
Sob essa fria camada,
Há um rio de emoção.

ALQUE

Um comentário:

Wanderley Elian Lima disse...

Incrível como o nosso país é grande e rico em variações idiomáticas, muitas palavras usadas se não tivesse o significado eu não saberia. Isso é muito bom, saber um pouquinho mais de cada Estado.
Um abraço